A APLV é uma das alergias alimentares mais comuns em crianças pequenas. Mas, o que é uma alergia alimentar?
Uma alergia alimentar acontece quando as defesas de nosso organismo, ou seja, o sistema imunológico, reage de forma anormal a determinados alimentos que ingerimos.
Isso acontece porque o sistema imunológico identifica de maneira inadequada os componentes de tal alimento e os considera prejudiciais ao nosso organismo, desencadeando sintomas que, em casos mais graves, podem ser fatais.
Mais de 120 alimentos são reconhecidos como provocadores de alergia alimentar, dentre elas, a alergia à proteína de vaca, também conhecida como APLV.
O que é APLV?
Você sabia que há mais de 20 proteínas no leite de vaca que podem causar APLV? Dentre elas, está também o soro do leite.
O sistema imunológico do bebê acaba respondendo de maneira anormal à essas proteínas, causando os sintomas.
É importante lembrar que a alergia à proteína do leite não deve ser confundida com intolerância à lactose, pois, ao contrário da APLV, a intolerância não afeta o sistema imunológico.
É verdade que há diversos sintomas parecidos, especialmente estomacais e intestinais, tais como diarreia e gases.
No entanto, dificilmente haverá uma criança menor de 5 anos intolerante à lactose, enquanto a APLV geralmente aparece em bebês com menos de 1 ano de idade.
Como a APLV afeta os bebês?
Você sabia que 2 a 5% das crianças sofrem com APLV? Desse modo, segundo o Ministério da Saúde, esta é a alergia alimentar mais comum em crianças até os 2 anos de idade.
Durante o aleitamento materno, bebês com APLV podem reagir ao leite materno da mãe. Não quer dizer, porém, que é o leite materno em si que provoca alergia, mas sim às proteínas do leite de vaca que passam para o bebê durante a amamentação.
Quando é feito o diagnóstico de APLV em bebês, o pediatra orienta que a mãe evite leite de vaca e seus derivados.
Quais são as causas da APLV?
Uma das principais causas da APLV em bebês é o fato de que o intestino de crianças com menos de 1 ano é muito imaturo e, por isso, sofre uma inflamação na mucosa ao ingerir a proteína do leite de vaca, que é grande e pesada.
Outra causa muito comum da APLV em bebês é a hereditariedade: a maioria dos bebês com APLV têm familiares que tiveram a mesma energia.
Apesar de que com bebês todo cuidado é pouco, o excesso de cuidados, especialmente em relação à higiene, faz com que o organismo não consiga desenvolver corretamente o sistema imunológico e, por isso, a probabilidade de a criança ter alergias é maior.
Quais são os sintomas da APLV?
Há vários sintomas da APLV, que surgem conforme a gravidade da alergia, confira:
- Pele: coceira, inchaço, manchas avermelhadas pelo corpo, urticária;
- Gastrointestinal: Enjoo, vômito, diarreia, refluxo, dor no abdômen e sangue nas fezes;
- Boca: Coceira e/ou inchaço labial, palatal ou lingual;
- Sistema respiratório: coceira, sensação de garganta fechada, inchaço glotal e laríngeo, tosse seca, sensação de aperto no peito, crise de espirro e congestão nasal;
- Sistema Cardiovascular: Arritmia, pressão baixa, etc.
- Sistema Neurológico: Sonolência, convulsão, perda de consciência.
Como é feito o diagnóstico da APLV?
O diagnóstico de APLV em bebês é feita por um pediatra, com base no histórico clínico e sintomas apresentados.
O pediatra pede que a mãe sugere a ingestão de leite de vaca e seus derivados por 30 dias e, então, analisa se os sintomas desaparecem.
O teste de provocação oral também é muito utilizado: consiste em oferecer um pouco de leite ou alimento que possua algum derivado do leite para a criança e observar se há o surgimento de algum sintoma.
Os sintomas desaparecem? APLV tem cura?
Em geral, os sintomas da APLV em bebês vão desaparecendo com o passar do tempo. No entanto, para que isso aconteça, o tratamento deve ser seguido corretamente.
Em outras palavras, se a mãe insistir em continuar tomando leite de vaca, a ingestão das proteínas do leite pode acabar retardando a cura.
Após cerca de 6 ou 12 meses (em geral), o pediatra faz novamente o teste de provocação oral, para analisar se houve, de fato, o desaparecimento dos sintomas.
Se os sintomas desaparecerem, o pediatra pode orientar a reintrodução da proteína do leite na rotina alimentar.
No entanto, cada caso é único e, por isso, é impossível determinar em quanto tempo a criança estará curada da alergia à proteína do leite.
Que cuidados tomar?
Quando o pediatra confirma a alergia à proteína do leite, é comum surgirem diversas dúvidas sobre a alimentação da criança.
É claro que o primeiro cuidado a se tomar, especialmente se a criança ainda está sendo amamentada, é a mãe cuidar da própria alimentação, ou seja, suspender a ingestão de leite de vaca e seus derivados.
É importante que a mãe não suspenda a amamentação, mas sim tome as devidas precauções.
Você gostou desse artigo? É importante saber o que fazer caso o (a) seu (a) filho (a) tenha APLV para fazer o tratamento corretamente e evitar maiores complicações.
Continue navegando em nosso blog para mais dicas sobre alimentação!